Passo calado, e escuto o murmurar
Das pessoas que me olham com desdém:
—Como ele é feio, e estranho o seu olhar!
Certamente é um pobre sem ninguém...
Tácito, continuo o caminho...além...
Abraça-me a noite fria... o luto e o luar.
Preso num vazio que tudo contém:
(Dor... angústia... ânsias... solidão e azar!...)
Não ter ninguém pra contar meus segredos!
Viver sozinho com meus próprios medos
A volver-me à solidão que me resta...
Como um passarinho preso na gaiola
Triste... pálido... “ermo”... — Quem o consola?—
Lembrando a liberdade da floresta!...
Das pessoas que me olham com desdém:
—Como ele é feio, e estranho o seu olhar!
Certamente é um pobre sem ninguém...
Tácito, continuo o caminho...além...
Abraça-me a noite fria... o luto e o luar.
Preso num vazio que tudo contém:
(Dor... angústia... ânsias... solidão e azar!...)
Não ter ninguém pra contar meus segredos!
Viver sozinho com meus próprios medos
A volver-me à solidão que me resta...
Como um passarinho preso na gaiola
Triste... pálido... “ermo”... — Quem o consola?—
Lembrando a liberdade da floresta!...
James Wilker. Escrito em 2005, em tempos de solidão abrasadora. Inspirado na poética soturna de Florbela Espanca.
2 comentários:
muito bom parabéns!
James Wilker, grande poeta!
Costumo dizer que as poesias de Florbela Espanca têm alma.
As suas, bem como as da mesma, também têm...
Parabéns!
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